Netzahualcoyótl

O Poeta Nobre de Texcoco do Reino Azteca Pré-Colombiano do México

9.3.06




NETZAHUALCOYOTL:
GUERREIRO, POETA E FILÓSOFO,
O REI VII DE TEXCOCO
(no México atual)



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O CANTO DE MOYOCOYATZIN
(Ou "O Canto de Ometeotl", o deus da dualidade, o deus masculino/femenino da mitologia azteca, o gerador de tudo e de todos e mesmo dos deuses")

Por Netzahualcóyotl, original no idioma nahuatl clássico (1402-1472)
Poema compilado por seu bisneto Juan Bautista de Pomar (?-1590)
Tradução ao espanhol por Ángel María Garibay Kintana (1892-1967)
Tradução ao português por Paul Beppler (feita em 2005)


Minha versão em português:

X.
Percebo seu segredo,
óh vós, príncipes!
Seja do jeito que for, somos mortais,
os homens, de quatro à quatro, [...]
todos nos iremos,
todos morreremos na terra.

XI.
Ninguém em esmeralda,
ninguém em ouro irá se transformar,
nem irá ser nesta terra algo
que se guarde, todos iremo-nos
para o além, igualmente;
ninguém permanecerá,
todos haverão de desaparecer,
do mesmo modo iremos
a sua casa.

XII.
Como uma pintura
nos iremos apagando.
Como flôr haveremos de resecar
sobre a terra.
Qual traje de plumas
de quetzal, de zacuan,
de azulejo, iremos perecendo.
Iremos a sua casa.

XIII.
Chegou até aqui,
anda ondulando a tristeza
dos que vivem já no interior dela...
Não se lhes chore em vão
às águias e tigres...
Aquí iremos desaparecendo,
ninguém haverá de permanecer!

XIV. Príncipes, pensem-no,
óh águias e tigres:
pudera ser jade,
pudera ser ouro,
também para lá irão
onde estão os descorporizados.
Iremos desaparecendo,
ninguém há de permanecer!

Versão em castelhano:

X.
Percibo su secreto,
oh vosotros, príncipes:
De igual modo somos, somos mortales,
los hombres, cuatro a cuatro, [...]
todos nos iremos,
todos moriremos en la tierra.

XI.
Nadie esmeralda
nadie oro se volverá
ni será en la tierra algo que se guarda:
todos nos iremos
hacia allá igualmente:
nadie quedará, todos han de desaparecer:
de modo igual iremos a su casa.

XII.
Como una pintura
nos iremos borrando.
Como flor
hemos de secarnos
sobre la tierra.
Cual ropaje de plumas
del quetzal, del zacuan,
del azulejo, iremos pereciendo.
Iremos a su casa.

XIII.
Llegó hasta acá,
anda ondulando la tristeza
de los que viven ya en el interior de ella...
No se les llore en vano
a águilas y tigres...
¡Aquí iremos desapareciendo:
nadie ha de quedar!

XIV.
Príncipes, pensadlo,
oh águilas y tigres:
pudiera ser jade,
pudiera ser oro
también allá irán
donde están los descorporizados.
Iremos desapareciendo:
nadie ha de quedar!

Texto original em nahuatl clássico:

X.
Zan nik kaki itopyo ipetlacayo
Ah in tepilwan:
ma tiyoke timikini
ti mazewaltin nawi nawi
in timochi tonyazke
timochi tonalkizke Owaya Owaya
in tlaltikpak.

XI.
Ayak chalchiwitl
ayak teokuitlatl mokuepaz
in tlaltikpak tlatielo
timochiotonyazke
in canin ye yuhkan: ayak mokawaz zan zen tlapupuliwiz
ti yawi ye yuhkan [...] ichan
Owaya Owaya.

XII.
Zan yahki tlakuilolli Aya
ah tonpupuliwi
Zan yuhki xochitl Aya
in zan tonkuetlawi
ya in tlaltikpak Owaya
ya ketzalli ya zakuan
xiuhkecholli itlakechwan
tonpupuliwi tiyawi in [...] ichan Owaya Owaya.

XIII.
Oaziko ye nikan
ye ololo Ayyawe
a in tlaokol Aya
ye in itek on nemi
ma men chkililo
in kuauta ozelotl Owaya
nikan zan tipopuliwizke
ayak mokawaz Iyyo.

XIV.
Xik yokoyakan in antepilwan
kuauht amozelo
ma nel chalchiwitl
ma nel teokuitlatl
no ye ompa yazke
onkan on Ximowa yewaya
zan tipupuliwizke
ayak mokawaz Iyyo.


Paul Beppler
Seattle, WA – EUA
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